ANA PIRES
A primeira mulher
diretora de prova de
um rali nos Açores
Fotografia: Nuno Vitória © Info Desporto
Ana Luísa Cota Inácio Pires, tem 40 anos e é assistente técnica de
profissão. Foi a primeira mulher diretora de prova de um rali nos Açores.
Tudo começou quando tinha 29 anos e foi convidada por Gerardo Rosa, na
altura da sua primeira candidatura à presidência do TAC - Terceira Automóvel
Clube, para integrar a sua lista como membro da Direção. Uma vez que já estava
ligada ao automobilismo, pelo facto do marido já fazer ralis e era algo que a
cativava, aceitou com muito gosto o desafio que lhe foi lançado.
O facto de ser um “mundo” maioritariamente masculino nunca foi entrave ao
desenvolvimento das suas atividades, pois a sua integração foi excelente e teve
sempre o apoio de toda a equipa da Secção Automóvel do Clube. Na verdade, por ser mulher não senti
dificuldades de integração na equipa. Senti,
desde sempre, que o exercício da minha atividade era considerado credível.
Nunca se sentiu discriminada de forma negativa, a única vez que foi dado
ênfase, nomeadamente pela comunicação social, ao facto de ser mulher foi quando
passou a ser Diretora de prova dos ralis na ilha Terceira, tendo sido a
primeira mulher a exercer essa função nos Açores.
O seu envolvimento na organização
das provas, nunca a levou a querer participar como concorrente?
Já tive uma experiência numa prova
“Chamada Pequena”, ou seja, de uma Taça, mas na verdade o que eu gosto é de
estar nos bastidores dos ralis, onde tudo se desenrola, onde se tomam todas as
decisões que ditam uma prova.
Sobre a violência doméstica
A violência
doméstica tem ganho maior visibilidade perante a sociedade, como um
fenómeno comum, e consequentemente as vítimas de violência doméstica também, embora
muitas vezes se sinta que são vistas como números indicadores. Face a isto, há
maior sensibilidade para com as mulheres vítimas de violência doméstica.
As associações
feministas desempenham um papel fundamental na sociedade, quer seja para com a sociedade
em geral, quer seja para com as próprias vítimas. Assim, colaboram no processo
de reintegração das vítimas, tal como, clarificam, sensibilizam e encaminham a
sociedade em geral para atuar perante situações de violência doméstica.
Publicado na página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular
de 05 de Novembro de 2015
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