sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Marcha Mundial das Mulheres “Mensagem numa garrafa”


Integrada nas iniciativas a realizar pela UMAR Açores (Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres) / CIPA (Centro de Informação, Promoção e Acompanhamento de Politicas de Igualdade), no âmbito da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), a Delegação da Ilha Terceira vai lançar ao mar seis garrafas de vidro com uma mensagem relativa a este movimento de mulheres que tem uma expressão mundial. Pretende-se, com um gesto simbólico, divulgar a missão da MMM e fazer chegar, quem sabe, a outro(s) país(es) esta mensagem. A iniciativa tem lugar no dia 10 de Dezembro, dia Internacional dos Direitos Humanos, entre as 12h e as 13h, em vários miradouros da Ilha. Na mensagem (escrita em português e inglês), além da referência feita à MMM e aos seus princípios, são dadas algumas indicações como o contacto da UMAR Açores e a intenção de que seja criada uma cadeia, ou seja, quem encontrar a mensagem deverá informar a Associação e lançá-la novamente de modo a que esta continue o seu percurso.  

 
 
A Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade
 
Nós, as mulheres, há muito tempo marchamos para denunciar e exigir o fim da opressão que vivemos por sermos mulheres e, para afirmar que a dominação, a exploração, o egoísmo e a busca desenfreada do lucro produzem injustiças, guerras, ocupações, violências e devem acabar.
Estamos construindo um mundo no qual a diversidade é uma virtude; tanto a individualidade como a coletividade são fontes de crescimento; onde as relações fluem sem barreiras; onde a palavra, o canto e os sonhos florescem. Esse mundo considera a pessoa humana como uma das riquezas mais preciosas. Um mundo no qual reinam a igualdade, a liberdade, a solidariedade, a justiça e a paz. Este mundo nós somos capazes de criar. Constituímos mais da metade da humanidade. Damos a vida, trabalhamos, amamos, criamos, militamos, nos divertimos. Garantimos atualmente a maior parte das tarefas essenciais para a vida e a continuidade da humanidade. No entanto, nessa sociedade continuamos sendo oprimidas.
A Marcha Mundial das Mulheres, da qual fazemos parte, identifica o patriarcado como sistema de opressão das mulheres e o capitalismo como sistema de exploração de uma imensa maioria de mulheres e homens por parte de uma minoria.
Esses sistemas se reforçam mutuamente. Eles se enraízam e se conjugam com o racismo, o sexismo, a misoginia, a xenofobia, a homofobia, o colonialismo, o imperialismo, o escravismo e o trabalho forçado. Constituem a base dos fundamentalismos e integrismos que impedem às mulheres e aos homens serem livres. Geram pobreza, exclusão, violam os direitos dos seres humanos, particularmente os das mulheres, e põem a humanidade e o planeta em perigo.
 
Nós rejeitamos esse mundo!
Propomos construir outro mundo, onde a exploração, a opressão, a intolerância e as exclusões não existam mais; onde a integridade, a diversidade, os direitos e liberdades de todas e todos são RESPEITADOS.
 
 
 

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